sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O consumo do Álcool e suas consequências

29 de abril de 2010
INTRODUÇÃO
Hoje, pode-se dizer que o álcool faz parte da rotina da maioria da população mundial. Se tornou comum ingerir esse tipo de bebida para comemorar algo, enquanto se diverte, quando almeja esquecer os problemas ou até mesmo quando há tempo ocioso. 
Todavia, o álcool pode passar de uma alegria a um pesadelo, sem ao menos o usuário perceber. Muitos que afirmam beber socialmente apenas, se analisados corretamente, já estão viciados. Além do vício, problemas como acidente de trânsito, criminalização e uso de entorpecentes podem ser consequência do uso abusivo da bebida. O alcoolismo, quando reconhecido pelo indivíduo, é uma doença que tem tratamento e pode ser vencida.

06 de maio de 2010
1. O que é Alcoolismo?
O alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool; é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, e todas as conseqüências decorrentes. O alcoolismo é, portanto, um conjunto de diagnósticos. Dentro do alcoolismo existe a dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez). Síndromes amnéstica (perdas restritas de memória), demencial, alucinatória, delirante, de humor. Distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e distúrbios inespecíficos. Por fim o delirium tremens, que pode ser fatal.
Assim o alcoolismo é um termo genérico que indica algum problema, mas medicamente para maior precisão, é necessário apontar qual ou quais distúrbios estão presentes, pois geralmente há mais de um.
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm


13 de maio de 2010
2. Tolerância e Dependência 
A tolerância e a dependência ao álcool são dois eventos distintos e indissociáveis. A tolerância é a necessidade de doses maiores de álcool para a manutenção do efeito de embriaguez obtido nas primeiras doses. Se no começo uma dose de uísque era suficiente para uma leve sensação de tranqüilidade, depois de duas semanas (por exemplo) são necessárias duas doses para o mesmo efeito. Nessa situação se diz que o indivíduo está desenvolvendo tolerância ao álcool. Normalmente, à medida que se eleva a dose da bebida alcoólica para se contornar a tolerância, ela volta em doses cada vez mais altas. Aos poucos, cinco doses de uísque podem se tornar inócuas para o indivíduo que antes se embriagava com uma dose. Na prática não se observa uma total tolerância, mas de forma parcial. Um indivíduo que antes se embriagava com uma dose de uísque e passa a ter uma leve embriaguez com três doses está tolerante apesar de ter algum grau de embriaguez. O alcoólatra não pode dizer que não está tolerante ao álcool por apresentar sistematicamente um certo grau de embriaguez. O critério não é a ausência ou presença de embriaguez, mas a perda relativa do efeito da bebida. A tolerância ocorre antes da dependência. Os primeiros indícios de tolerância não significam, necessariamente, dependência, mas é o sinal claro de que a dependência não está longe. A dependência é simultânea à tolerância. A dependência será tanto mais intensa quanto mais intenso for o grau de tolerância ao álcool. Dizemos que a pessoa tornou-se dependente do álcool quando ela não tem mais forças por si própria de interromper ou diminuir o uso do álcool.
O alcoólatra de "primeira viagem" sempre tem a impressão de que pode parar quando quiser e afirma: "quando eu quiser, eu paro". Essa frase geralmente encobre o alcoolismo incipiente e resistente; resistente porque o paciente nega qualquer problema relacionado ao álcool, mesmo que os outros não acreditem, ele próprio acredita na ilusão que criou. A negação do próprio alcoolismo, quando ele não é evidente ou está começando, é uma forma de defesa da auto-imagem (aquilo que a pessoa pensa de si mesma). O alcoolismo, como qualquer diagnóstico psiquiátrico, é estigmatizante. Fazer com que uma pessoa reconheça o próprio estado de dependência alcoólica, é exigir dela uma forte quebra da auto-imagem e conseqüentemente da auto-estima. Com a auto-estima enfraquecida a pessoa já não tem a mesma disposição para viver e, portanto, lutar contra a própria doença. É uma situação paradoxal para a qual não se obteve uma solução satisfatória. Dependerá da arte de conduzir cada caso particularmente, dependerá da habilidade de cada psiquiatra.
Fonte: http://www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm

20 de maio de 2010
3. QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS

1. Qual a sua idade?

_______ anos.

2. Qual o seu sexo?
( )F   ( )M

3. Com que idade ingeriu bebida alcoólica pela primeira vez?
Aos ________ anos.

4. Com relação a emprego, você se encontra:
( ) trabalhando
( ) desempregado (a)
( ) aposentado (a)
( ) nunca trabalhou

5. A qual classe social você pertence?
( ) classe E (renda de R$0 a R$2040)
( ) classe D (renda R$1020 a R$2040)
( ) classe C (renda de R$2040 a R$2100)
( ) classe B (renda de R$5100 a R$10200)
( ) classe A (renda acima de R$10200)

6. Quem te ofereceu bebida alcoólica quando ingeriu pela primeira vez?
( ) pai / mãe
( ) tios / primos
( ) amigo(s)
( ) desconhecido

7. Em qual ocasião costuma ingerir bebida alcoólica?
( ) diariamente
( ) aos fins de semana
( ) socialmente
( ) em casos de extrema motivação

8. Em que lugares costuma beber?
( ) em bares
( ) restaurantes / lanchonetes
( ) festas
( ) em casa

9. Que tipo de bebida costuma ingerir?
( ) cerveja
( ) destiladas em geral
( ) vinhos / champagne
( ) todos os tipos

10. Quais as pessoas que te acompanham quando ingere bebida alcoólica?
( ) esposa / marido
( ) filhos
( ) amigos
( ) todos que conhece

11. Com relação a caso de alcoolismo especifique qual deles conhece que sofre ou sofreu por esse problema:
( ) pais
( ) outros familiares
( ) amigo
( ) não conhece nenhum caso

12. Quanto aos problemas relacionados ao excesso de álcool, por qual já passou?
( ) acidente de trânsito
( ) problemas no organismo
( ) problemas psicológicos
( )nunca passou por problema do tipo

13. Entre os motivos para parar de beber, identifique o que lhe é mais conveniente:
( ) por estética
( ) somente por doença
( ) somente por trauma
( ) não pensa em parar

14. Conhece alguém, que aos se envolver com o vício conseguiu se recuperar?
( ) familiar
( ) amigo
( ) vários casos
( ) nenhum caso

15. Tem conhecimento dos principais problemas causados pelo álcool?
( ) sim
( ) não

16. Tem conhecimento do teor de álcool das bebidas que ingere?
( ) sim
( ) não

17. Tem conhecimento de alguma organização que auxilia pessoas alcoólatras?
( ) sim
( ) não

Se sim qual ?
_____________


Obs.: caso haja interesse de auxiliar as pesquisas do tema Alcoolismo, enviar o questionário ao email de qualquer um dos integrantes do grupo.

Obrigada.


27 de maio de 2010
4. Herança genética e fatores psicológicos podem causar o alcoolismo
Um dos maiores problemas de saúde do mundo, o alcoolismo, gera grandes prejuízos sociais e traz amplo impacto em diversos campos, desde custos médicos até a constante ausência no trabalho, que impacta na produtividade das empresas. Suas causas estão associadas direta ou indiretamente a questões genéticas e a questões psicológicas.
Segundo o psiquiatra Carlos Augusto Galvão, a genética não só transfere o chamado “gene do alcoolismo”, como também outras doenças que podem provocar a dependência. “Por ser um sedativo, o álcool traz conforto psíquico. Pessoas com depressão, pânico e disritmia cerebral podem apresentar predisposição para o consumo da droga”, afirma.
A dificuldade em lidar com alguma questão social específica também pode causar a doença. O especialista explica, “desemprego, separação conjugal e falecimento de ente querido são casos comuns que geram o alcoolismo.”
Os familiares têm um papel importante no controle e melhora da doença, já que o alcoólatra tem muita dificuldade de aceitar o diagnóstico e, muitas vezes, torna-se agressivo. Segundo o psiquiatra os familiares dos dependentes devem ter cautela, pois têm maior predisposição a desenvolverem o alcoolismo. “Há uma maior incidência da doença em parentes diretos de alcoólatras.”, alerta o psiquiatra.

Efeitos colaterais
Segundo dados do Ministério da Saúde, 11% da população brasileira entre 12 e 65 anos apresentam quadro de dependência de bebidas alcoólicas. Galvão conta que o impacto do alcoolismo é tão grande que se calcula que metade da ocupação dos leitos dos hospitais é decorrente de doenças ocasionadas pelo consumo excessivo do álcool, como cirrose hepática, hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer, além de acidentes de trânsito.
Para tratar a doença, o especialista ressalta que o acompanhamento médico é essencial. “O momento de parar de beber é muito delicado. A interrupção brusca do consumo da droga pode gerar quadros de ‘delirium tremins’ associados a convulsões podem levar à morte. Por isso, um médico deve ser procurado para orientar o dependente e acompanhar o tratamento”, afirma Galvão.
Fonte: http://www.alcoolismo.com.br/artigos/heranca-genetica-e-fatores-psicologicos-podem-causar-o-alcoolismo.html, acessado em 26/05/2010.

03 de junho de 2010
5. Alcoolismo: uma doença universal
As estatísticas determinam que cresce mais o perigo entre as mulheres que bebem. Elas não podem se aprofundar no álcool mesmo porque, se grávidas, o perigo está em ofender o feto. A criança nasce fora do peso normal, mais ainda quando a mãe fuma. Portanto, deve-se procurar prevenir a doença mesmo sem cortar a bebida, mas se pensarmos bem, melhor mesmo é não fumar e nem beber.
As consequências do álcool são muitas. Quem bebe transtorna toda a família, mais ainda quando está no trânsito, causa muitos acidentes, quase todos acidentes são causados pelo excesso do álcool. O homem que bebe não tem juízo, mais ainda a mulher. Se para o homem já é feio, imaginamos uma mulher beber e fumar. A família é muito importante na educação dos filhos. Precisamos estar sempre em dia com os nossos bons costumes que é para passarmos para os nossos filhos. O álcool prejudica os nossos órgãos, com o tempo as pessoas ficam sofrendo dos rins e fígado. Devemos aconselhar os adolescentes a não fumar e nem beber e muito menos não aceitar droga . Depois que entra , é difícil sair do vício.
Áurea de Araújo Oliveira
Fonte: Matéria do Jornal da Cidade do dia 17/05/10.

10 de junho de 2010
6. Onde atua o álcool e quais os seus prejuízos?
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.
Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, este é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.
Quando consumido em excesso, o álcool é visto como um problema de saúde, pois este excesso está inteiramente ligado a acidentes de trânsito, violência e alcoolismo (quadro de dependência).
Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.
Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.
Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
Fonte: http://www.brasilescola.com/drogas/alcool.htm, acessado em 26/05/2010.

17 de junho de 2010
7.Jovens abusam do álcool e consideram isso normal 
Nos dias atuais, é cada vez mais popular a presença de bebidas alcoólicas em festas para menos de 18 anos, principalmente em festas de 15 anos. Embora a sociedade seja permissiva com relação a este assunto, isso não significa que seja correto. Durante a adolescência, os jovens enfrentam muitas dificuldades. Além de buscar uma afirmação social e relações afetivas e amorosas, eles procuram ter experiências únicas na vida que, muitas vezes, não vêm acompanhas pela consciência de que conseqüências não tão boas podem ocorrer. Até no ambiente escolar, a pressão dos pais para que eles tirem boas notas é forte. Ao se encontrar diante de tantas turbulências, o adolescente começa a procurar por soluções que até pouco tempo eram inexistentes para ele. Numa festa, a simples possibilidade de usufruir de bebidas alcoólicas e se desprender dos problemas por alguns instantes o leva a exagerar no consumo alcoólico. Percebe-se aí um tema paradoxo, vivenciado principalmente por menores de idade. Para estes, as bebidas alcoólicas são proibidas. Apesar disso, a circulação massiva de propagandas estimula os jovens a assimilar como normal o uso do álcool. É necessário que a sociedade se preocupe mais com a saúde de nossos adolescentes. Os pais não deveriam se importar apenas com as drogas ilícitas porque isso ajuda que o consumo de bebidas seja tolerado e que passe despercebido. O álcool causa muitos dependentes e o problema torna-se muito mais difícil para ser solucionado quando alcança este estágio.  Nathália P. Domingues 
Fonte: Matéria do Jornal da Cidade - Bauru, do dia 10/06/2010.

24 de junho de 2010
8. Idosos ficaram de fora dos programas de prevenção do abuso de álcool
O vício no álcool não arrasa apenas a vida da juventude brasileira. Os idosos, incluindo mulheres, também exageram no álcool e apresentam níveis de dependência tão altos quanto os dos jovens.
O problema é tão sério que duas pesquisas recém publicadas alertam para os riscos do alcoolismo na terceira idade. Os estudos mostram que no Brasil – diferentemente de outros locais do mundo – as pessoas que sobrevivem ao vício continuam fazendo das doses companhias (perigosas) para o resto da vida.
No caso das mulheres, atestou o levantamento feito com 1.145 idosos por um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Ribeirão Preto , a parceria com o álcool depois dos 60 anos amplia em até oito vezes o desenvolvimento de doenças cognitivas (demência e Alzheimer). Os resultados estarão publicados na edição de abril da revista Alcoholism Clinical & Experimental Research.
       
Ressaca
A dependência do álcool faz parte da rotina de 8,2% dos idosos, concluiu o estudo da USP. Já na população em geral, mostram os dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 10% enfrentam problemas com a bebida, índices muito semelhantes aos encontrados nos mais velhos.
"Ainda que os homens com mais de 60 anos continuem apresentando maior prevalência de uso pesado de álcool (17,4%) também foi muito significativa a presença das idosas nestas estatísticas (3%)", afirmou Cássio Bottino, coordenador do programa de Terceira Idade do Instituto de Psiquiatria da USP e um dos autores do estudo.
Outra pesquisa que também confirma a prevalência do alcoolismo na população que já passou da casa dos 60 anos acaba de ser divulgada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A incidência numérica fica em torno de 10% em qualquer grupo etário (18 a 25 anos; 26 a 45; 45 a 60; e mais de 60).
“No restante do mundo, em especial nos países desenvolvidos, o padrão de consumo de álcool diminui muito depois dos 50 anos, por questões comportamentais principalmente. No Brasil, entretanto, os níveis são alarmantes em qualquer faixa-etária”, afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, autor do estudo feito com 2.346 pessoas com mais de 18 anos, pesquisadas em 143 cidades brasileiras.
Entre os homens, mostram os dados da Unifesp, 28% bebem em quantidade que já ameaça a saúde (mais de duas vezes por semana) e 11% são comprovadamente dependentes. As mulheres somam 11% no primeiro grupo e 2% no segundo. Apesar da desvantagem numérica com o universo masculino, Laranjeira afirma que a preocupação é semelhante em ambos os sexos.
“Primeiro porque saber que uma em cada dez mulheres bebe de forma não saudável já é alarmante”, afirma. “Outro motivo é que dados preliminares de uma pesquisa que estamos fazendo com adolescentes mostram que as meninas já bebem mais do que os meninos. Isso indica que no intervalo de uma geração, elas já avançaram nas estatísticas.”
 Os dados mais atualizados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) – divulgados em 2005 – já mostravam que na adolescência, meninos e meninas consomem bebida alcoólica em quantidades semelhantes. Na faixa etária entre 12 e 15 anos, elas e eles apresentam índices de consumo em 5,6%.
É fato que tanto na ficção quanto na vida real, personagens femininas mais novas têm dado rosto para o alcoolismo. Musas teens como Amy Winehouse e Britney Spears são exemplos da dependência antes mesmo de completarem 30 anos.
Na atual trama da Rede Globo, Viver a Vida, Renatinha (interpretada por Bárbara Paz), é um exemplo do vício precoce no álcool. Em 1988, mesmo enredo foi vivido por Heleninha Roitman (Renata Sorrah), na também global Vale Tudo.
A novidade no cenário etílico, endossada pelas pesquisas, é que os dramas reais das jovens alcoólatras também são enfrentados pelas mulheres mais velhas e idosas. “Tanto a pesquisa da USP quanto a da Unifesp mostraram que uma nova geração de idosos, que tem maior liberdade para vários tipos de comportamentos, pode estar retratada pelos altos índices de alcoolismo”, afirmou o pesquisador do assunto do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) e também professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Jerson Laks.

Perto dos bares e longe dos programas de saúde
Os motivos para a manutenção da dependência mesmo depois da chegada da velhice ainda não foram estudados, mas as hipóteses traçadas pelos especialistas caminham entre a genética e as falhas nos programas públicos de saúde.
Ronaldo Laranjeira, o pesquisador da Unifesp, acredita que a influência das propagandas no consumo exagerado de bebidas alcoólicas interfere nos hábitos de qualquer idade, agravada pelo acesso fácil ao produto. Qualquer um compra bebida em qualquer lugar.
“Outro fator é que não há tratamento eficiente na rede pública. Sendo assim, a pessoa não recebe a atenção adequada quando os sintomas do álcool começam a aparecer (entre os 45 e 50 anos) e continuam convivendo com as sequelas com o passar da idade”, diz Laranjeira.
Já o especialista Jerson Laks cita as transformações comportamentais e as questões genéticas. Os idosos foram incentivados a sair, passear, dançar e, no entanto, ficaram à margem dos programas preventivos tanto de doenças sexualmente transmissíveis quanto do uso de álcool e drogas.
“Muitos acreditam que beberam a vida e inteira e não precisam de tratamento depois que a idade chegou. Acreditam nos versos da marchinha carnavalesca de que ‘bebem sim e vão vivendo, tem gente que não bebe e está morrendo”, completa ele. “Temos que ressaltar ainda a possível influência genética. Os genes relacionados ao alcoolismo podem interferir tanto nos mais jovens, quanto nos mais velhos, quando estes sobrevivem ao vício.”
Fonte: www.alcoolismo.com.br/artigos/idosos-ficaram-de-fora-dos-programas-de-prevencao-do-abuso-   de-alcool.html, acessado em 05/08/2010.

1º de julho de 2010
9.  Diferenças entre homens e mulheres
O Abuso e a dependência do álcool, por muito tempo, foram considerados um importante tema em termos de saúde pública e na medicina devido a sua alta prevalência e efeitos devastadores no indivíduo, família e sociedade.
Ademais, o álcool também é uma das principais causas conhecidas de mortalidade precoce e fator de risco para doenças crônicas. Os transtornos relacionados ao uso do álcool, como abuso e dependência, no entanto, constituem somente uma pequena parcela dos problemas decorrentes do álcool.
Um corpo crescente de evidências epidemiológicas tem demonstrado, de modo consistente, que o “beber pesado episódico” está associado a uma gama significativa de situações adversas tais como: danos à saúde física, comportamento sexual de risco, gravidez indesejada, infarto agudo do miocárdio, overdose alcoólica, quedas, violência (incluindo brigas, violência doméstica e homicídios), acidentes de trânsito, problemas psicossociais (ex. na família e trabalho), comportamento antissocial e dificuldades escolares, tanto em jovens como na população em geral.
Além disto, o “beber pesado episódico” está associado a um aumento da mortalidade por todas as causas de doenças cardíacas e está relacionado a um risco maior para transtornos psiquiátricos, câncer e doenças gastrointestinais.

Informações gerais sobre o estudo
Diante desse panorama, os autores avaliaram o padrão de beber pesado episódico no banco de dados do projeto São Paulo-ECA (São Paulo Epidemiologic Catchment Area Study), realizado na área de captação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Definição de beber pesado
Beber pesado, também considerado “Binge Drinking” por muitos autores, é definido como o consumo de 5 ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião por homens, ou 4 ou mais doses de bebidas alcoólicas consumidas em uma única ocasião por mulheres. 

Amostra avaliada
Foram estudadas 1.464 pessoas residentes dos bairros de Vila Madalena e Jardim América. Objetivos do estudo: Foi o primeiro estudo brasileiro em uma amostra de adultos, utilizando o critério de 5+/4+ doses de álcool consumidas em uma ocasião, a partir de uma entrevista psiquiátrica utilizada pela Organização Mundial de Saúde em diversos países.

Resultados do Estudo
- O beber pesado se mostrou um padrão de consumo comum nesta amostra de adultos de São Paulo. 10.7% da amostra faz uso pesado do álcool, sendo 15.4% em homens e 7.2% em mulheres.
- Entre os bebedores pesados, 2 homens para cada mulher bebem neste padrão. Esta proporção é menor do que a encontrada nos EUA, que é de 3 homens para cada mulher. Uma possível explicação para este achado vem do fato de que as mulheres provenientes destes 2 bairros diferenciados de São Paulo apresentam uma maior aceitação cultural do uso pesado do álcool e estão, portanto, mais expostas a acidentes em geral, acidentes de trânsito, contato sexual de risco, gravidez, prejuízos ao feto.
- Mulheres entre 18 e 44 anos de idade e aquelas que não eram casadas, ou seja, separadas, divorciadas, viúvas ou solteiras, foram as que mais fizeram uso do álcool neste padrão.
- Mulheres donas de casa e aposentadas foram as que menos beberam neste padrão, ou seja, são as mais protegidas aos danos relacionados ao beber pesado.
- Entre os homens, o risco de beber pesado esteve aumentado para aqueles entre 18 e 24 anos de idade (1 a cada 3 homens nesta faixa etária bebe neste padrão).
- Entre os homens, o beber pesado se concentrou entre os mais jovens (18 a 24 anos), os quais se mostraram mais expostos a riscos (violência, acidentes de trânsito, faltas ao trabalho). Além disto, as maiores taxas de beber pesado em homens foram observadas entre os homens que nunca se casaram (2.3 vezes mais do que os casados), estudantes (23.3%) e de baixa renda (2 vezes mais do que em indivíduos de alta renda).
- 42% dos homens que fazem uso pesado começaram a beber antes dos 18 anos
- A maior parte dos bebedores pesados eram dependentes do tabaco – 21.7% homens e 25.3% mulheres.
Fonte:http://www.cisa.org.br/categoria.htmlFhIdTexto=e022e1370cdb39b8f7e3be874ad59be3&ret=&amp, acessado em 03/08/2010.


08 de julho de 2010
10.  Relação do câncer de mama com a bebida é comprovado por estudo americano
A revelação de um recente estudo realizado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, torna o álcool vilão em mais uma estatística ligada a danos à saúde.
De acordo com a pesquisa, bastam três singelos copos de cerveja, de 200ml cada, ou meia dose de uísque – ou de outra bebida destilada – por dia para potencializar os riscos de câncer de mama.
A taxa de mortalidade por câncer de mama, de acordo com o Ministério da Saúde, segundo os dados mais recentes divulgados, aumentou 38,62% entre 1979 e 2004.
E a doença representa hoje a principal causa de morte por câncer entre as mulheres brasileiras, com aproximadamente dez mil mortes anuais.
Os resultados dos trabalhos americanos mostram que o álcool é o responsável pelo aumento dos níveis de estrogênio, hormônio que estimula o desenvolvimento de tumores, o que, na prática, significa 70% dos cânceres de mama.
Os riscos causados pelo casamento álcool e estrogênio podem ainda crescer 51% no caso das mulheres que bebem três ou mais doses de álcool por dia. Aquelas que bebem até duas doses, por sua vez, têm 32% a mais de chance de desenvolver a patologia.
“O álcool interfere no metabolismo da mulher e o estrogênio estimula o crescimento mamário”, afirma o oncologista João Nunes. “E nos casos em que a mulher tem câncer, o hormônio funciona como uma espécie de alimento para o tumor”, completa.
Para chegar aos números, foram necessários o acompanhamento e a análise de informações, durante aproximadamente sete anos, sobre o consumo de álcool de cerca de 185 mil mulheres na fase pós-menopausa.
E segundo Nunes, é difícil identificar a evolução e a relação entre o álcool e o hormônio no dia-a-dia de atendimento no consultório. “A pesquisa é importante, pois traz informações que não conseguimos apreender durante o nosso trabalho”, salienta.
Cerveja, uísque, vinho, vodka ou cachaça. Os especialistas explicam que é indiferente o tipo da bebida para uma incidência – ou risco – do câncer de mama. “A interação entre o etanol do álcool e o estrogênio é que provoca o desenvolvimento do câncer”, explica.

Maior incidência depois dos 35 anos
Dados do Ministério da Saúde revelam que o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, perdendo apenas para o de pele. Segundo dados do Instituo Nacional do Câncer (Inca), há um risco estimado de 52 casos da doença para cada grupo de cem mil mulheres. As mulheres que integram o grupo de população-alvo são aquelas com mais de 35 anos e com histórico da doença na família.
Mamografia é o exame que detecta a doença. O ministério afirma que realizou aproximadamente 2,6 milhões de exames no ano passado, quando foram identificados 50 mil novos casos de câncer de mama.
Segundo o instituto, a descoberta precoce da doença reduz em até 35% a possibilidade de morte. Porém mais de 60% dos casos de câncer de mama são detectados em estágios III e IV em uma escala de I a IV.
Fonte: http://www.antidrogas.pr.gov.br/modules/noticias/makepdf.php?storyid=706, acessado em 03/08/2010.

15 de julho de 2010
11. Passos de Alcoólicos Anônimos
Os Doze Passos de A.A. consistem em um grupo de princípios, espirituais em sua natureza que, se praticados como um modo de vida, podem expulsar a obsessão pela bebida e permitir que o sofredor se torne íntegro, feliz e útil. Não são teorias abstratas; são baseadas na experiência dos êxitos e fracassos dos primeiros membros de A.A.

OS DOZE PASSOS

PRIMEIRO PASSO:





Admitimos que éramos impotentes perante o álcool - que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas.

SEGUNDO PASSO:





Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade.

TERCEIRO PASSO:





Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que O concebíamos.

QUARTO PASSO:





Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.

QUINTO PASSO:





Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano, a natureza exata de nossas falhas.

SEXTO PASSO:





Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

SÉTIMO PASSO:





Humildemente rogamos a Ele que nos livrasse de nossas imperfeições.

OITAVO PASSO:





Fizemos uma relação de todas as pessoas que tínhamos prejudicado e nos dispusemos a reparar os danos a elas causados.

NONO PASSO:





Fizemos reparações diretas dos danos causados a tais pessoas, sempre que possível, salvo quando fazê-las significasse prejudicá-las ou a outrem.

DÉCIMO PASSO:





Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

DÉCIMO PRIMEIRO PASSO:





Procuramos através da prece e da meditação, melhorar nosso contato consciente com Deus, na forma em que o concebíamos, rogando apenas o conhecimento de Sua vontade em relação a nós e forças para realizar essa vontade.

DÉCIMO SEGUNDO PASSO:





Tendo experimentado um despertar espiritual, graças a estes passos, procuramos transmitir esta mensagem aos alcoólicos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades. 
Fonte: http://www.alcoolicosanonimos.org.br/modules.php?name=Conteudo&pid=14, acessado em 30/07/2010


15 de julho de 2010
12. O alcoolismo é genético? 
Esta pergunta bastante antiga vem sendo mais bem estudada nas últimas décadas através de estudos com gêmeos, e será mais aprofundada com o projeto genoma. A influência familiar do alcoolismo é um fato já conhecido e aceito. O que se pergunta é se o alcoolismo ocorre por influência do convívio ou por influência genética. Para responder a essa pergunta a melhor maneira é a verificação prática da influência, o que pode ser feito estudando os filhos dos alcoólatras. Estudos como esses podem investigar os gêmeos monozigóticos (idênticos) e os dizigóticos. Constatou-se que quando um dos gêmeos idênticos se torna alcoólatra o irmão se torna mais freqüentemente alcoólatra do que os irmãos gêmeos não idênticos. Essa constatação mostra a influência genética real, mas não explica porque, mesmo tendo os "gens do alcoolismo," uma pessoa não se torna alcoólatra. Os estudos familiares mostraram que a participação genética é inegável, mas apenas parcial, os demais fatores que levam ao desenvolvimento do alcoolismo não estão suficientemente claros.
Fonte: www.psicosite.com.br/tra/drg/alcoolismo.htm

22 de julho de 2010
13. As mulheres são mais vulneráveis ao álcool que os homens? 
Aparentemente as mulheres são mais vulneráveis sim. Elas atingem concentrações sanguíneas de álcool mais altas com as mesmas doses quando comparadas aos homens. Parece também que sob a mesma carga de álcool os órgãos das mulheres são mais prejudicados do que o dos homens. A idade onde se encontra a maior incidência de alcoolismo feminino está entre 26e 34 anos, principalmente entre mulheres separadas. Se a separação foi causa ou efeito do alcoolismo isto ainda não está claro. As conseqüências do alcoolismo sobre os órgãos são diferentes nas mulheres: elas estão mais sujeitas a cirrose hepática do que o homem. Alguns estudos mostram que o consumo moderado de álcool diário aumenta as chances de câncer de mama. Um drink por dia não afeta a incidência desse câncer.


29 de julho de 2010
14. "Eu não era alcoólatra" - Depoimento 
Quando entrei no AA eu não era alcoólatra.
Procurei a sala por pressão da minha família que queria me internar e então me falaram de AA e achei que indo numa sala ia aprender a beber moderadamente, só por isso, mas não era alcoólatra.
Na época, em novembro de 2004, eu já estava há cerca de dois anos bebendo de terça a domingo, mas como não bebia às segundas-feiras, não era alcoólatra.
Não era alcoólatra porque tinha uma boa casa, emprego e estudava. Por isso, achava normal eu ficar bêbada em todas as festas de família e em outros momentos felizes porque tinha que comemorar, mas não era alcoólatra.
Quando eu viajava para a praia começava a tomar cerveja às 10 da manhã e terminava o dia com um saldo de mais de 12 latinhas e várias caipirinhas, mas tinha a justificativa: era praia, calor, sol e todo mundo bebe né? Eu também. Mas não era alcoólatra.
Quando estava na faculdade, trabalhava o dia todo, estudava à noite e como ficava muito cansada, chegava, fumava um cigarro de maconha e saia para beber alguma coisa no bar com os meus amigos, repeti um ano, mas tinha as amizades, tinha que beber, mas não era alcoólatra.
No começo da minha carreira profissional, ia a muitas festas, quase todos os dias e para agüentar bebia algumas doses de vodka e uísque antes de sair, mas era o cansaço que fazia isso, porque eu, eu não era alcoólatra.
Depois passei a ter que entrevistar pessoas e como algumas eram até bem conhecidas, eu tomava uma para ter coragem e não falar besteiras, eu tinha que me soltar, só isso, mas não era alcoólatra.
Também nas reuniões de trabalho, tanta tensão, não dava para agüentar aquilo de cara limpa, precisava saber como apresentar minhas idéias e bebia, mas não era alcoólatra.
Demorei muito para começar a dirigir, tinha medo, mas precisava, tirei a carteira e quando comecei a sair, tomava pelo menos uma cervejinha para ficar mais segura, mas não era alcoólatra. Uma vez, numa curva, passei reto e quase entrei no poste, não morri porque não era o meu dia e também porque eu não era alcoólatra.
Nunca tive um relacionamento sério com ninguém, conhecia um cara aqui outro ali, mas nada durava porque eu bebia. Bebia para me tornar quem eu não era e sim quem o outro queria que eu fosse, bebia para ser aceita, apaixonante, engraçada e interessante. Mas não porque era alcoólatra.
Eu alcoólatra? Imagina, que brincadeira sem graça. Alcoólatra. A-L-C-O-Ó-L-A-T-R-A, alcoólatra! Que palavra mais feia essa, para falar assim desse jeito. Ainda mais para mim, que não era alcoólatra.
Alcoólatras eram aquelas pessoas que eu via caindo pela rua, ou dividindo uma garrafa pet com pinga numa praça qualquer. Eu não, não era como aqueles bêbados que ficam o dia inteiro dentro de um bar e arrumam brigas. Ou como aquele povo que até é internado por causa da pinga; eles sim eram alcoólatras. Eu? Não, definitivamente, eu não era alcoólatra. Exagerava um pouquinho e só. Achava que pararia quando quisesse e pronto.
Mas não é que eu virei alcoólatra? Pois é, virei alcoólatra quando conheci o AA e isso foi a melhor coisa que poderia ter acontecido na minha vida. Virei alcoólatra e descobri que tenho uma doença que é física, mental, emocional e espiritual, incurável, progressiva e fatal. Virei alcoólatra e deixei de ser bêbada, cachaceira, mau caráter, sem vergonha, fraca, vagabunda, doidona, louca, irresponsável, exêntrica, exagerada, maluca... enfim, deixei de ser todos os personagens que havia criado para mim e que todos acreditavam – ou fingiam acreditar.
Hoje eu sou apenas a Silvia, uma alcoólatra em recuperação que ontem não bebeu e que só por hoje não tomou o primeiro gole. Hoje eu sou a Silvia, uma pessoa que está muito longe da perfeição, que ainda tem um longo caminho de reconstrução, mas o mais importante é que sou uma mulher em paz comigo e com os outros e, mesmo com os problemas e dificuldades que todo mundo tem, consigo ser muito feliz.

Obrigada a todos e 24 horas de serena sobriedade.
Sílvia / Tucuruvi / SP
Vivência nº 102 - Julho / Agosto 2006
texto revisado pela autora e publicado com sua autorização.


05 de agosto de 2010
15. Cerveja dá ou não barriga?
As mesas de bar sempre rendem ótimas polêmicas. E de uns tempos para cá, uma nova tem se juntado à política, futebol, religião etc. Cerveja dá ou não barriga?
Pesquisas indicaram que a afirmação de que a cerveja é responsável pela barriga existente principalmente nos homens não passa de lenda. Para alguns pesquisadores europeus o problema é apenas genético. Outros, também do velho continente, acreditam que apenas o consumo moderado de cerveja não altera o peso nem a massa corporal.
No Brasil a questão também não está completamente definida. Para o endocrinologista Dr. Alfredo Halpern, a cerveja não tem influência no aumento da barriga.
"Não existe uma relação do tipo da bebida com o aumento da gordura corporal. É o estilo de vida de cada um que contribui para o aparecimento da tão conhecida barriga de cerveja", explica Halpern.
Já para Fernanda Giannecchini, nutricionista da Clínica Onodera Estética, a "cerveja é uma bebida fermentada que, quando consumida em excesso, leva à formação de gases e conseqüente distenção abdominal, dando origem à famosa barriguinha de cerveja".
Num ponto, porém, os dois têm a mesma opinião. Geralmente, os acompanhamentos da cerveja são os principais vilões pelo acúmulo de gordura. "O problema maior é que a cerveja sempre vem acompanhada de tira-gostos normalmente ricos em gordura. Isso aumenta as calorias e, conseqüentemente, aumenta a barriga", alerta Fernanda.
Segundo Halpern, o consumo excessivo do líqüido junto com outros alimentos proporciona uma dilatação do estômago, que passa a exigir cada vez mais um volume maior de alimentos. "O excesso de peso adquirido, principalmente nos homens, tende a se concentrar na região da cintura e do abdômen, resultando na famosa barriga de cerveja, mas não que ela influencie".
Para o comerciante Jair de Oliveira, 32 anos, a cerveja foi a grande culpada por ele ter adquirido a tão famosa barriga. "Eu bebo pelo menos duas vezes por semana e mesmo praticando atividades físicas e correndo, não consigo perdê-la".
Segundo o personal trainer Eduardo Fazioli, tomar algumas cervejinhas em um dia da semana, somente, não vai causar estragos no corpo de ninguém. "Uma cerveja não faz mal, mas muitas, sim. Pior ainda é se a pessoa beber todos os dias e com acompanhamentos".
Fonte: http://cyberdiet.terra.com.br/cerveja-da-ou-nao-barriga-6-1-5-190.html


12 de agosto de 2010
16. Não Esqueça - Campanha contra o abuso de bebidas alcoólicas



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=VEtECQOZXTY


19 de agosto de 2010
17.  História do álcool
     Segundo alguns registros arqueológicos, os primeiros indícios do consumo de álcool pelo ser humano datam de mais de oito mil anos. No primeiro momento, as bebidas eram produzidas apenas pela fermentação e, por isso, tinham um baixo teor alcoólico.
     Com o desenvolvimento do processo de destilação, começaram a surgir as primeiras bebidas mais fortes e mais perigosas. Com a Revolução Industrial, a bebida passou a ser produzida em série, o que aumentou consideravelmente o número de consumidores e, por conseqüência, os problemas sociais causados pelo abuso no consumo do álcool.
    

     Quando tudo começou . . .
     Acredita-se que a bebida alcoólica teve origem na Pré-História, mais precisamente durante o período Neolítico quando houve a aparição da agricultura e a invenção da cerâmica. A partir de um processo de fermentação natural ocorrido há aproximadamente 10.000 anos o ser humano passou a consumir e a atribuir diferentes significados ao uso do álcool. Os celtas, gregos, romanos, egípcios e babilônios registraram de alguma forma o consumo e a produção de bebidas alcoólicas.
     A embriaguez de Noé
     Em uma das mais belas passagens do Antigo Testamento da Bíblia (Gênesis 9.21) Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida a ponto de se embriagar. Reza a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Momentos depois seu filho Cam o encontrou "tendo à mostra as suas vergonhas". Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez. Michelangelo, famoso pintor renascentista (1475-1564), se inspirou nesse episódio pintar um belíssimo afresco, com esse nome, no teto da Capela Sistina, no Vaticano. Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.
     O álcool através da história
     Grécia e Roma
     O solo e o clima na Grécia e em Roma eram especialmente ricos para o cultivo da uva e produção do vinho. Os gregos e romanos também conheceram a fermentação do mel e da cevada, mas o vinho era a bebida mais difundida nos dois impérios tendo importância social, religiosa e medicamentosa.
     No período da Grécia Antiga o dramaturgo grego Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.) menciona nas Bacantes duas divindades de primeira grandeza para os humanos: Deméter, a deusa da agricultura que fornece os alimentos sólidos para nutrir os humanos, e Dionísio, o Deus do vinho e da festa (Baco para os Romanos). Apesar do vinho participar ativamente das celebrações sociais e religiosas greco-romanas, o abuso de álcool e a embriagues alcoólica já eram severamente censurados pelos dois povos.
     Egito Antigo
     Os egípcios deixaram documentado nos papiros as etapas de fabricação, produção e comercialização da cerveja e do vinho. Eles também acreditavam que as bebidas fermentadas eliminavam os germes e parasitas e deveriam ser usadas como medicamentos, especialmente na luta contra os parasitas provenientes das águas do Nilo.
     Idade Média
     A comercialização do vinho e da cerveja cresce durante este período, assim como sua regulamentação. A intoxicação alcoólica (bebedeira) deixa de ser apenas condenada pela igreja e passa a ser considerada um pecado por esta instituição.
     Idade Moderna
     Durante e Renascença passa a haver a fiscalização dos cabarés e tabernas, sendo estipulados horários de funcionamento destes locais. Os cabarés e tabernas eram considerados locais onde as pessoas podiam se manifestar livremente e o uso de álcool participa dos debates políticos que mais tarde vão desencadear na Revolução Francesa.
     Idade Moderna
     O fim do século 18 e o início da Revolução Industrial é acompanhado de mudanças demográficas e de comportamentos sociais na Europa. É durante este período que o uso excessivo de bebida passa a ser visto por alguns como uma doença ou desordem. Ainda no início e na metade do século 19 alguns estudiosos passam a tecer considerações sobre as diferenças entre as bebidas destiladas e as bebidas fermentadas, em especial o vinho. Neste sentido, Pasteur em 1865, não encontrando germes maléficos no vinho declara que esta é a mais higiênica das bebidas.
     Durante o século 20 paises como a França passam a estabelecer a maioridade de 18 anos para o consumo de álcool e em janeiro de 1920 o estado Americano decreta a Lei Seca que teve duração de quase 12 anos. A Lei Seca proibiu a fabricação, venda, troca, transporte, importação, exportação, distribuição, posse e consumo de bebida alcoólica e foi considerada por muitos um desastre para a saúde pública e economia americana.
     Foi no ano de 1952 com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) que o alcoolismo passou a ser tratado como doença.
     No ano de 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da 8ª Conferência Mundial de Saúde. No CID-8, os problemas relacionados ao uso de álcool foram inseridos dentro de uma categoria mais ampla de transtornos de personalidade e de neuroses.
     Esses problemas foram divididos em três categorias: dependência, episódios de beber excessivo (abuso) e beber excessivo habitual. A dependência de álcool foi caracteriza pelo uso compulsivo de bebidas alcoólicas e pela manifestação de sintomas de abstinência após a cessação do uso de álcool.
Fonte: http://www.alcoolismo.com.br/artigos/historia.htm


26 de agosto de 2010
18. Tipos de Bebida
Cerveja
Acredita-se que a cerveja exista há pelo menos 6000 anos.
A Cerveja é a bebida que resulta da fermentação alcoólica de mosto de cereal maltado, geralmente malte de cevada. O seu teor alcoólico pode variar de 3% vol. a 8% vol.
A cerveja é uma mistura complexa feita a partir de diversas matérias primas: água, malte, lúpulo, levedura, milho e arroz.
A água é um dos seus constituintes mais importantes, visto que influencia bastante o tipo de cerveja que se deseja obter. O malte, que é uma substancia semelhante à farinha, é que confere à cerveja o seu poder nutritivo. Esta “farinha” é proveniente de um tipo de cevada. O lúpulo, que é uma planta trepadeira, é um constituinte fundamental à produção de uma boa cerveja, porque da planta apenas se recolhe a flor feminina que transmite à cerveja o sabor característico. Diferentes tipos de lúpulo, traduzem-se em diferentes sabores. A levedura tem como função transformar o açúcar, contido no mosto, em álcool e dióxido de carbono. O milho e o arroz têm como finalidade evitar que a cerveja sofra turvações.

Vinho de mesa
O cultivo das vinhas da tem muitos séculos de história e os Gregos e os Romanos até lhe dedicavam uma divindade. Para fazer um bom vinho de mesa, que advém da fermentação simples do sumo de uva, é necessário que as castas sejam equilibradas e que as vinhas estejam implantadas em terrenos propícios (xistosos, graníticos) e com clima moderado. O nosso país é um dos maiores produtores de vinho do mundo porque as condições descritas acima são conseguidas na quase totalidade do nosso território. Existem vários tipos de vinho, o vinho verde, o vinho branco e o vinho tinto. Os teores alcoólicos dos vinhos oscilam entre os 8º de alguns vinhos verdes e as 13,5º de alguns vinhos tintos.

Vinho do Porto
Com o passar de séculos e séculos o Vinho do Porto tornou-se um símbolo nacional que representa Portugal no mundo inteiro. Este vinho é já bastante antigo, mas a sua designação surgiu na segunda metade do século XVII. A sua produção foi-se desenvolvendo até aos dias de hoje, adaptando-se às novas tecnologias.
O Vinho do Porto, para ser assim designado, tem de ser produzido na região demarcada do Douro. Esta região é essencialmente xistosa e dá as características e qualidades ao vinho que o tornam diferente de todos os outros.
Os seus ingredientes são uvas brancas ou tintas e aguardente vínica. O Vinho do Porto é uma bebida generosa e doce e é também um vinho licoroso. Isto significa que a sua fermentação é interrompida pela adição de aguardente vínica. Assim, o vinho do Porto sofre um processo diferente de todos os outros, tornando-se um vinho único. Este processo implica um esmagamento do desengace (separação dos bagos de uva dos engaços) seguindo-se uma  fermentação. O mosto fica em repouso, e é novamente esmagado. A fermentação, como já foi referido anteriormente, é interrompida com a adição de aguardente para estabilizar o grau de doçura do vinho. A aguardente permite, além de outras coisas, controlar o grau de doçura final.
Por fim, o Vinho do Porto passa por um período de envelhecimento. Este período, difere conforme o tipo de vinho que se pretende obter. Varia normalmente entre 2 e  7 anos, chegando a existir variedades que passam por um período de envelhecimento de mais de 40 anos. O vinho do Porto pode ser classificado conforme a qualidade e o seu tempo de envelhecimento. A classificação Vintage faz parte dos melhores lotes de vinhos produzidos.
O teor alcoólico característico deste vinho é cerca de 19 % vol.

Uísque
O Uísque tem origem na Escócia e é produzido a partir cereias que podem ser maltados ou não.
São obtidos a partir da fermentação simples do cereal à qual se seguem duas destilações, o que faz com que o seu teor alcoólico atinja 40º.
Existem três tipos de uísque: uísques puros de malte, de cereais e os “blended”.
Os uísques de malte obtêm-se exclusivamente a partir de cevada germinada e cuja germinação é interrompida.
Os uísque de cereais são destilado a partir de cereais não maltados (cevada, milho e outros) aos quais se adiciona cevada maltada.
Os blended são normalmente uma mistura de uísque de malte e cereais.
O uísque é obtido através de um processo de fermentação que é seguido de duas destilações. É caracterizada como uma bebida espirituosa sendo o seu teor alcoólico geralmente de 40% em volume.

Vodka
A vodka surgiu no nordeste da Europa e dois países disputam a sua origem, a Polónia e a Rússia. A palavra vodka é um diminutivo da palavra voda que em Russo significa água. A vodka tem origem em cereais que são fermentados e depois destilados. Este processo permite obter uma bebida com elevado teor alcoólico ( varia entre 37,5º e 50º).
Mais especificamente, a Vodka é feita de batata ou cereais fermentados, e é a bebida mais pura de todas as bebidas alcoólicas porque é passada por um filtro de carvão vegetal, para remover todas as substâncias, excepto o álcool.
No processo de fabrico da Vodka a batata, ou os cereais cozidos a uma alta temperatura, são colocados num local apropriado onde arrefecem. Depois é-lhes é adicionada água. A esta mistura, adiciona-se malte para que a fécula, através de uma reacção química, se transforme em açucares.
O produto final é destilado com objectivo de remover todos os sabores ou aromas deixados pelos cereais. Posteriormente, algumas ervas e especiarias, conferem-lhe o seu sabor final.
Na Rússia e nos países de leste, a vodka está muito relacionada com problemas de alcoolismo e chegou a ser proibida de 1917 a 1938.

Licores
Os licores são bebidas espirituosas, que se obtêm pela mistura de álcool e/ou aguardente com água, açúcar e aromatizantes. Em vez de açúcar, pode utilizar-se mel e sumo de uvas concentrado.
Os aromatizantes podem ser:
plantas (alecrim, hortelã), flores (camomila, rosa, flor de laranjeira), frutos (banana, morango, limão), casca de árvore (quina, canela), sementes (anis, damasco).
Os licores podem ser obtidos por:
- destilação (licores à base de plantas);
- infusão/maceração (licores à base de frutos);
- obtidos por adição de extractos ou essências;
- obtidos por adição de natas.
Recentemente tendem a aparecer novos tipos de licores chamados de licores de creme, por exemplo, creme de banana e creme de cacau.
O Decreto Lei n.º 257/87, impõe uma série de requisitos em relação à comercialização de licores.
Por exemplo, o teor alcoólico dos licores tem de ser, no mínimo, 15% vol. para os licores de creme e 20% vol. para os outros.

Absinto
Apesar de ser sempre relacionado à França, o Absinto é uma criação suíça. Destilados, os seus ingredientes compõem-se de anis e uma diversidade de ervas em que se destaca a Artemisia absinthium, responsável pela polémica em volta do absinto, por conter substâncias alucinógenias.
A história do absinto começa em 1792, quando o médico e monarquista francês Pierre Ordinaire, exilado na Suíça, utilizou a planta Artemisia absinthium para fabricar uma poção digestiva. Poucos anos depois, ele adicionou álcool à fórmula para potencializar os seus efeitos.
O absinto foi proibido por muitos anos na maioria dos países, voltando recentemente à legalidade.
A simples mistura com água, das ervas que compõem o absinto, resulta num líquido extremamente amargo. Essa mistura amarga, ao ser destilada, adquire um sabor agradável, marcante. O seu aroma lembra menta e anis.
O absinto pode atingir teores alcóolicos até 70%.2.

02 de setembro de 2010
19. Problemas Psiquiátricos Causados pelo Alcoolismo

Abuso de Álcool 
A pessoa que abusa de álcool não é necessariamente alcoólatra, ou seja, dependente e faz uso continuado. O critério de abuso existe para caracterizar as pessoas que eventualmente, mas recorrentemente têm problemas por causa dos exagerados consumos de álcool em curtos períodos de tempo. Critérios: para se fazer esse diagnóstico é preciso que o paciente esteja tendo problemas com álcool durante pelo menos 12 meses e ter pelo menos uma das seguintes situações: a) prejuízos significativos no trabalho, escola ou família como faltas ou negligências nos cuidados com os filhos. b) exposição a situações potencialmente perigosas como dirigir ou manipular máquinas perigosas embriagado. c) problemas legais como desacato a autoridades ou superiores. d) persistência no uso de álcool apesar do apelo das pessoas próximas em que se interrompa o uso.
Dependência ao Álcool
Para se fazer o diagnóstico de dependência alcoólica é necessário que o usuário venha tendo problemas decorrentes do uso de álcool durante 12 meses seguidos e preencher pelo menos 3 dos seguintes critérios: a) apresentar tolerância ao álcool -- marcante aumento da quantidade ingerida para produção do mesmo efeito obtido no início ou marcante diminuição dos sintomas de embriaguez ou outros resultantes do consumo de álcool apesar da continua ingestão de álcool. b) sinais de abstinência -- após a interrupção do consumo de álcool a pessoa passa a apresentar os seguintes sinais: sudorese excessiva, aceleração do pulso (acima de 100), tremores nas mãos, insônia, náuseas e vômitos, agitação psicomotora, ansiedade, convulsões, alucinações táteis. A reversão desses sinais com a reintrodução do álcool comprova a abstinência. Apesar do álcool "tratar" a abstinência o tratamento de fato é feito com diazepam ouclordiazepóxido dentre outras medicações. c) o dependente de álcool geralmente bebe mais do que planejava beber d) persistente desejo de voltar a beber ou incapacidade de interromper o uso. e) emprego de muito tempo para obtenção de bebida ou recuperando-se do efeito. f) persistência na bebida apesar dos problemas e prejuízos gerados como perda do emprego e das relações familiares.
Abstinência alcoólica 
A síndrome de abstinência constitui-se no conjunto de sinais e sintomas observado nas pessoas que interrompem o uso de álcool após longo e intenso uso. As formas mais leves de abstinência se apresentam com tremores, aumento da sudorese, aceleração do pulso, insônia, náuseas e vômitos, ansiedade depois de 6 a 48 horas desde a última bebida. A síndrome de abstinência leve não precisa necessariamente surgir com todos esses sintomas, na maioria das vezes, inclusive, limita-se aos tremores, insônia e irritabilidade. A síndrome de abstinência torna-se mais perigosa com o surgimento do delirium tremens. Nesse estado o paciente apresenta confusão mental, alucinações, convulsões. Geralmente começa dentro de 48 a 96 horas a partir da ultima dose de bebida. Dada a potencial gravidade dos casos é recomendável tratar preventivamente todos os pacientes dependentes de álcool para se evitar que tais síndromes surjam. Para se fazer o diagnóstico de abstinência, é necessário que o paciente tenha pelo menos diminuído o volume de ingestão alcoólica, ou seja, mesmo não interrompendo completamente é possível surgir a abstinência. Alguns pesquisadores afirmam que as abstinências tornam-se mais graves na medida em que se repetem, ou seja, um dependente que esteja passando pela quinta ou sexta abstinência estará sofrendo os sintomas mencionados com mais intensidade, até que surja um quadro convulsivo ou de delirium tremens. As primeiras abstinências são menos intensas e perigosas.
Delirium Tremens 
O Delirium Tremens é uma forma mais intensa e complicada da abstinência. Delirium é um diagnóstico inespecífico em psiquiatria que designa estado de confusão mental: a pessoa não sabe onde está, em que dia está, não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada ou ininteligível, a noite pode ficar mais agitado do que de dia. A abstinência e várias outras condições médicas não relacionadas ao alcoolismo podem causar esse problema. Como dentro do estado de delirium da abstinência alcoólica são comuns os tremores intensos ou mesmo convulsão, o nome ficou como Delirium Tremens. Um traço comum no delírio tremens, mas nem sempre presente são as alucinações táteis e visuais em que o paciente "vê" insetos ou animais asquerosos próximos ou pelo seu corpo. Esse tipo de alucinação pode levar o paciente a um estado de agitação violenta para tentar livrar-se dos animais que o atacam. Pode ocorrer também uma forma de alucinação induzida, por exemplo, o entrevistador pergunta ao paciente se está vendo as formigas andando em cima da mesa sem que nada exista e o paciente passa a ver os insetos sugeridos. O Delirim Tremens é uma condição potencialmente fatal, principalmente nos dias quentes e nos pacientes debilitados. A fatalidade quando ocorre é devida ao desequilíbrio hidro-eletrolítico do corpo.
Intoxicação pelo álcool
O estado de intoxicação é simplesmente a conhecida embriaguez, que normalmente é obtida voluntariamente. No estado de intoxicação a pessoa tem alteração da fala (fala arrastada), descoordenação motora, instabilidade no andar, nistagmo (ficar com olhos oscilando no plano horizontal como se estivesse lendo muito rápido), prejuízos na memória e na atenção, estupor ou coma nos casos mais extremos. Normalmente junto a essas alterações neurológicas apresenta-se um comportamento inadequado ou impróprio da pessoa que está intoxicada. Uma pessoa muito embriagada geralmente encontra-se nessa situação porque quis, uma leve intoxicação em alguém que não está habituado é aceitável por inexperiência mas não no caso de alguém que conhece seus limites.
Wernicke-Korsakoff (síndrome amnéstica) 
Os alcoólatras "pesados" em parte (10%) desenvolvem algum problema grave de memória. Há dois desses tipos: a primeira é a chamada Síndrome Wernicke-Korsakoff (SWK) e a outra a demência alcoólica. A SWK é caracterizada por descoordenação motora, movimentos oculares rítmicos como se estivesse lendo (nistagmo) e paralisia de certos músculos oculares, provocando algo parecido ao estrabismo para quem antes não tinha nada. Além desses sinais neurológicos o paciente pode estar em confusão mental, ou se com a consciência clara, pode apresentar prejuízos evidentes na memória recente (não consegue gravar o que o examinador falou 5 minutos antes) e muitas vezes para preencher as lacunas da memória o paciente inventa histórias, a isto chamamos fabulações. Este quadro deve ser considerado uma emergência, pois requer imediata reposição da vitamina B1(tiamina) para evitar um agravamento do quadro. Os sintomas neurológicos acima citados são rapidamente revertidos com a reposição da tiamina, mas o déficit da memória pode se tornar permanente. Quando isso acontece o paciente apesar de ter a mente clara e várias outras funções mentais preservadas, torna-se uma pessoa incapaz de manter suas funções sociais e pessoais. Muitos autores referem-se a SWK como uma forma de demência, o que não está errado, mas a demência é um quadro mais abrangente, por isso preferimos o modelo americano que diferencia a SWK da demência alcoólica.
Síndrome Demencial Alcoólica 
Esta é semelhante a demência propriamente dita como a de Alzheimer. No uso pesado e prolongado do álcool, mesmo sem a síndrome de Wernick-Korsakoff, o álcool pode provocar lesões difusas no cérebro prejudicando além da memória a capacidade de julgamento, de abstração de conceitos; a personalidade pode se alterar, o comportamento como um todo fica prejudicado. A pessoa torna-se incapaz de sustentar-se. 

09 de setembro de 2010
20. Animação - Efeitos do Álcool



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=G_JyRPFTbQg

16 de setembro de 2010
21. Prévia da Apresentação



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=hNBRBFUROYw

23 de setembro de 2010

22. Identificado o gene de dependência do álcool
Pesquisadores da Escola de Medicina de Washington em ST. Louis e da Faculdade de Medicina da Indiana juntos com outros centros de pesquisa identificaram um gene que parece aumentar o risco de alcoolismo.
O estudo é o primeiro a demonstrar uma associação entre esse gene em particular e a dependência de álcool.
O gene é relacionado a um receptor que permite o movimento do ácido butírico Gamma-amino (GABA, em inglês) entre as células. O GABA é o maior inibidor químico no sistema nervoso central.
"Existem evidências de outros estudos - estudos com animais e in vitro - que sugeriram que os receptores GABA estão envolvidos nos efeitos comportamentais do álcool." afirmou a principal autora do estudo Danielle M. Dick, PhD, professora assistente da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
O estudo foi conduzido como parte do Estudo Colaborativo Nacional em Genética de Alcoolismo (COGA), um projeto em andamento envolvendo entrevistas e amostras de DNA de mais de 10.000 indivíduos dos centros de tratamento de álcool em pacientes internados e não internados e suas famílias. As famílias nos estudos do COGA normalmente têm vários membros dependentes de álcool.
Neste estudo, os pesquisadores analisaram o DNA de 262 famílias, um total de 2.282 indivíduos. Eles isolaram três genes no cromossomo 15 -- GABRA5, GABRB3 e GABRG3 - que se posicionam juntos e muito próximos do cromossomo. Então os pesquisadores usaram marcadores chamados SNP (polimorfismos de nucleotídeo individual) para estudar as diferenças entre os genes dos participantes.
Os marcadores demonstraram pequenas diferenças genéticas que pareceram influenciar o risco de dependência de álcool, mas só em um desses genes: o GABRG3.
Mas não se sabe como o GABRG3 influencia o risco do alcoolismo. Dick disse que pesquisas anteriores sugeriram que os elementos químicos que aumentam a atividade do receptor GABA podem acentuar os efeitos comportamentais do álcool, tais como sedação, perda de ansiedade e problemas com a coordenação motora. Por outro lado, os elementos químicos que diminuem a atividade do receptor GABA têm o efeito oposto.
A descoberta que o GABA está envolvido no abuso de álcool e na dependência suporta uma teoria atual na qual a predisposição ao alcoolismo pode ser hereditária como parte de um estado geral da super ativação do cérebro. Pessoas com risco para alcoolismo podem herdar uma variedade de genes que contribui para esse estado. Talvez o álcool normalize o estado de excitabilidade, levando as pessoas com um sistema nervoso hiper-excitado a usar o álcool mais freqüentemente com o intuito de normalizar os circuitos cerebrais. Isso , por sua vez, poderia colocá-los em um maior risco para desenvolver dependência ao álcool.
Dick afirma que é importante ressaltar que a constituição genética não significa necessariamente que a pessoa está condenada a ser um alcoólatra. "A razão pela qual é tão difícil achar genes envolvidos em desordens psiquiátrica é que existe uma interação entre fatores genéticos e ambientais," ela afirma. "Uma pessoa pode carregar todos os tipos de genes para predisposição à dependência de álcool, mas se ele nunca beber, ele nunca se tornará alcoólatra."
Fonte: http://emedix.uol.com.br/not/not2004/04jan14psi-acer-adg-alcoolismo.php